O avançar da idade para as pessoas que sofrem de dores de cabeça e enxaqueca pode ser um alívio, pois esses males acometem mais jovens e adultos em idade laboral que idosos. A maior parte das pessoas que sofreram desses males durante a vida tendem a diminuir suas crises e ter uma redução na frequência das dores após os 60 anos. Contudo, aqueles que continuam a ter enxaqueca na fase idosa têm maior probabilidade que os jovens a sentir os efeitos colaterais da doença.
Um dos pontos negativos disso é que do ponto de vista clínico é preciso muita atenção, pois a maior parte dos tratamentos é desenvolvido para pacientes com menos idade. Além disso, idosos tendem a ter outros fatores de saúde a serem somados à enxaqueca, o que dificulta tanto o laudo quanto o próprio tratamento da doença. De modo algum o quadro significa que a doença não pode ser tratada, ela pode e deve. O que se deve sempre ter em conta é que esses tratamentos nunca podem ser paliativos e muito menos auto ministrados (como o uso de analgésicos sem orientação médica).
Para aquelas pessoas que nunca sofreram de enxaqueca, é importante estar atento a alguns sinais. As crises costumam aparecer por volta dos 40 anos, é bastante raro o aparecimento de quadros de enxaqueca após os 50 anos. Em ambos os casos é fundamental investigar as causas para que doenças secundárias sejam descartadas.
Outro fator importante é distinguir enxaqueca – que não é apenas uma dor de cabeça, mas tem a dor de cabeça como um de seus sintomas – das cefaleias comuns, pois muitas doenças podem se manifestar por meio de dores de cabeça sem que, necessariamente, sejam enxaqueca. Em regra geral existem três tipos de cefaleias. A primária, mais conhecida como enxaqueca, que pode ocorrer por problemas vasculares ou espasmos; a tensional que atinge a musculatura da nuca e provoca forte dor (mais comuns em pessoas de até 40 anos); e a associada a um efeito colateral de remédios. Fique atento a isso e procure sempre a orientação de um profissional capacitado.