A Epicondilite Lateral (EL) é uma patologia dolorosa e funcionalmente limitante. O diagnóstico é simples e pode ser confirmado pelos testes que reproduzem a dor, tais como extensão resistida do punho, extensão resistida do dedo médio (teste de Mausdsley) e supinação resistida.
A EL é a patologia mais comum em pacientes com lesão de cotovelo. Sua incidência é de 1% a 3% da população geral, principalmente em pessoas com faixa etária entre 30 e 55 anos. Embora também conhecida como cotovelo do tenista, a EL não acomete somente os praticantes de tênis, pois estudos revelam que a atividade laboral contribui em 35% a 64% de todos os casos.
A biomecânica da lesão esta relacionada a movimentos repetitivos de extensão do punho, pronação e supinação do antebraço, gerando uma força de cisalhamento que ocasiona micro lesões na região dos tendões dos extensores do punho. Se não houver tratamento a epicondilite lateral pode perdurar de seis a vinte e quatro meses.
Embora não exista nenhum consenso das estruturas anatômicas envolvidas no processo patológico, estudos realizados em cadáveres encontraram danos nos tendões dos extensores do punho e epicôndilo lateral.
Foram realizados estudos com tecidos extraídos cirurgicamente da área afetada, no qual se evidenciou a presença de infiltração de mucopolissacarídeos, formação óssea, proliferação vascular e desorganização das fibras de colágeno. Essas pesquisas comprovam duas grandes zonas hipovascularizadas, a primeira situada exatamente no epicôndilo lateral, e a segunda encontrada 2 a 3 cm distais da inserção do músculo extensor radial curto do carpo.
Além dessas alterações, nota-se um desequilíbrio do mecanismo de vasodilatação e vasoconstricção do sistema nervoso autônomo, o que contribui para a epicondilite lateral, dificultando seu processo de cura.
A ventosaterapia é uma técnica utilizada na China há centenas de anos, inicialmente usavam-se chifres de animais e por isso também se chamava ‘terapia do chifre’. A partir da década de 50 a terapia com ventosas foi inserida como prática terapêutica oficial nos centros de saúde em toda china, posteriormente foi utilizada como uma terapia alternativa por acupunturistas em países ocidentais.
A terapia com ventosas é realizada através de uma sucção que promove uma pressão negativa na área aplicada, tendo como objetivo ativação do metabolismo local do tecido, desviando sangue das artérias para os capilares, permitindo que ele retorne para as veias, evitando a sua estagnação nos capilares, proporcionando redução do quadro álgico, acelerando o processo de reabilitação, além disso, é uma técnica de baixo custo e boa aplicabilidade.